Grupo Folclórico da Região de Arganil homenageia a sua fundadora Marilú

No momento de assinalar o seu 40.º aniversário, o Grupo Folclórico da Região de Arganil, liderado á cinco anos pela professora Graça Moniz, não podia esquecer a sua fundadora, Maria de Lurdes Ventura, mais conhecida por Marilú. Como tal, prestou-lhe uma homenagem, reunindo antigos e actuais dirigentes e componentes do grupo, assim como familiares e amigos da fundadora, falecida á cerca de dez anos, junto da rua que ostenta o seu nome, num dos bairros da vila. “O nosso grupo folclórico só existe porque a Marilú quis”, começou por declarar Abel Fernandes, filho mais velho da homenageada e que interveio em representação da família, nomeadamente dos seus três irmãos, Margarida, Manuel e Carlos Fernandes. O também director técnico do grupo deu a conhecer aos mais novos, a origem do mesmo, recordando que começou por se denominar “Unidos de Arganil”. “Nasceu porque um dia, o presidente da Câmara de então desafiou a população a fazer umas marchas por altura dos santos populares e a minha mãe liderou um dos dois bairros que participou”, revelou. “Ela, alegre que era, aproveitando as pessoas estarem juntas para fazer a marcha, desafiou os que quiseram para formar um grupo folclórico”, acrescentou ainda, frisando que a vontade de formar um rancho “estava-lhe no sangue” e “vinha do facto de ter ajudado na fundação do Rancho Infantil da Casa do Povo de Arganil, do qual foi mentor o professor José Dias Coimbra”. O antigo dirigente do grupo, que sucedeu á sua mãe na presidência, em 1982, contou ainda que foi “ela que arranjou pessoas para assinarem a 1.ª escritura no notário”, referindo com visível orgulho, que, “mesmo sozinha, pegava na bandeira e andava, mesmo que ninguém quisesse ir atrás dela”.IMG_8664Após esta cerimónia, ponto alto deste evento, teve ainda lugar uma missa em memória da homenageada e de outros elementos do grupo já falecidos, no auditório da Cerâmica Arganilense, decorrendo em seguida o visionamento de um filme sobre os 40 anos de actividade do grupo, contando com intervenções pontuais de todos os presidentes do grupo ainda vivos. No final, foram entregues medalhas de reconhecimento a José Almeida e a Anselmo Costa “pelo trabalho prestado, a duas pessoas que nunca abandonaram o grupo”. Já  Dias Coimbra, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Arganil, ofereceu um quadro, ao grupo folclórico, retratando a fundadora no Mont’Alto, ex-libris de Arganil. O evento culminou com um jantar de encerramento de actividades que reuniu cerca de duzentas pessoas.

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