Executivo camarário pede esclarecimentos à Misericórdia sobre Teatro

teatroNo âmbito de uma visita efetuada ao Teatro Alves Coelho por deputados e vereadores do PS, bem como por membros da Comissão Política Concelhia de Arganil deste partido, a convite da Misericórdia de Arganil, o executivo camarário emitiu um comunicado, intitulado “Teatro Alves Coelho: Em nome da verdade! Em nome da transparência!”, onde refere que, nessa visita, “foram proferidas pelo senhor Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Arganil um conjunto de considerações que merecem o nosso mais vivo repúdio porque mais não visam do que o branqueamento da verdade”. Lembrando que o município de Arganil desenvolveu esforços “no sentido de garantir o apoio de fundos europeus para a requalificação do Teatro Alves Coelho no anterior e no atual quadros comunitários, no qual existiam boas perspetivas para a sua concretização”, o presidente da Câmara e os restantes vereadores do PSD explicam que “entendeu a Santa Casa da Misericórdia de Arganil intentar uma ação judicial contra a autarquia, na qual solicitava a devolução daquele emblemático edifício, o que veio a ser concedido pelo tribunal, em julho de 2016”. Convictos de que “na origem desta ação judicial, estaria uma vontade muito forte da Santa Casa da Misericórdia de proceder à requalificação do Teatro Alves Coelho, tendo garantias de que o poderia fazer de forma mais célere do que a Câmara Municipal”, os sociais-democratas criticam o facto de “volvidos quase sete meses sobre a entrega formal do Teatro Alves Coelho à Santa Casa da Misericórdia de Arganil, quando todos esperávamos pela indicação da data na qual pretendiam iniciar as obras de reabilitação do edifício, constatamos, com perplexidade, o regresso de uma narrativa velha e estafada, ilustrada com imagens do edifício de 2017, mas que poderiam ser de 2002, 2005 ou 2008, que mais não visa que esconder a única verdade insofismável de todo o processo”. “São os dirigentes da Santa Casa da Misericórdia de Arganil e, particularmente, o seu provedor, Professor José Dias Coimbra, os únicos e exclusivos responsáveis pela não requalificação do Teatro Alves Coelho”, acusam, questionando “porque é que, em 2002, no único ato que se lhe conhece sobre o Teatro Alves Coelho, o Engenheiro Rui Silva, então presidente da Câmara Municipal e hoje membro da Mesa Administrativa da Misericórdia e candidato indigitado do PS à autarquia, mandou encerrar o Teatro Alves Coelho?”. “Certamente, que não foi por estar em boas condições de funcionamento”, constatou o executivo camarário, perguntando ainda “onde foram aplicados os 64 239,34 euros que a Câmara Municipal devolveu à Santa Casa da Misericórdia de Arganil, correspondentes às rendas do café e restaurante?”, “quais as propostas do Grupo de Trabalho, anunciado com pompa e circunstância em setembro de 2016?” e “quais as conclusões da auditoria que a Santa Casa da Misericórdia mandou fazer a entidade externa sobre as condições do edifício do Teatro Alves Coelho?”. Mostrando ainda a sua indignação de “porque não avançam as obras de requalificação do Teatro Alves Coelho, no momento em que a Santa Casa da Misericórdia anunciou a venda da Quinta dos Bons Dias, em Odivelas, pelo valor de 2,5 milhões de euros?”, Ricardo Pereira Alves e os restantes vereadores do PSD alegam que estas questões “exigem uma resposta clara e inequívoca do senhor provedor, Professor José Dias Coimbra”.

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