Criada á seis anos, com o propósito de apoiar essencialmente crianças abandonadas e maltratadas, podendo também estender-se aos mais idosos, a Associação de Solidariedade Social Anjos Quaresma ainda não conseguiu concluir o edifício que os irá albergar. Ainda assim, a presidente da direcção daquela colectividade, não desiste, e apesar de não contarem com apoios de nenhuma entidade, as obras vão sendo feitas, unicamente com verba angariada pela própria agremiação, contando somente com o apoio de amigos. E foi precisamente com esse objectivo, a angariação de receitas, que a colectividade promoveu mais um jantar, que como já vem sendo hábito contou com a colaboração graciosa de diversos artistas, nomeadamente do Grupo de Concertinistas Montes Hermínios, Henrique Matos, Nuno Portugal e Nuno Filipe, tendo daí resultado cerca de 500 euros. “Estiveram presentes cerca de setenta pessoas, não foi um dos jantares mais participados”, revelou Ângela Quaresma, mostrando-se no entanto satisfeita, “pois estiveram cá pessoas de vários pontos do país e foi uma noite bem passada”, sustentou. Relativamente á verba angariada, “embora não seja muito dinheiro, para onde for este já não irá outro”, disse a dirigente, congratulando-se com a participação dos referidos artistas, que “desde que fundámos a Associação, nos têm ajudado” e enaltecendo o facto de Nuno Portugal ter oferecido á colectividade oito CD´s para venda, cujas receitas irão reverter a favor da Anjos Quaresma. Lamentando que “não possamos contar com o apoio da Segurança Social”, a dirigente revelou que as iniciativas de angariação de fundos irão continuar, estando já previstas algumas para o próximo ano. Em breve, “vamos ver se conseguimos pôr as portas que estão quase prontas”, conta Ângela Quaresma com visível satisfação, esclarecendo por outro lado que “há muitas divisões da casa que precisam de ser pintadas, as lojas precisam de ser arranjadas e precisamos de fazer as casas de banho”. Para que este edifício, que terá capacidade para albergar 40 crianças, possa ficar concluído, ainda faltam “cerca de 50 a 60 mil euros”, anunciou, lembrando que não dispõem desta verba e que “não temos o apoio de ninguém”. Contando apenas com as receitas provenientes de almoços e jantares que promovem e de donativos, para que este edifício seja uma realidade, segundo a dirigente, “é necessário que toda a comunidade colabore, nem que seja “com material, mão-de-obra ou com o que a pessoa quiser dar”, adiantou. “Não é preciso dar muito, podem até dar um euro”, frisou, apelando para que “adiram a esta causa porque as crianças e as pessoas de idade são quem mais precisa”.“Já pedi ao senhor padre Rodolfo Leite, (pároco das paróquias do alto concelho de Arganil) para nos ajudar nesta luta e tenho esperança que irá ajudar-nos”, revelou esperançada, informando que ainda não há data prevista para a conclusão do edifício e consequentemente para que a Associação entre em funcionamento.