Eleito por unanimidade a 1 de Fevereiro do corrente ano presidente da direcção dos Bombeiros Voluntários Argus, em Arganil, António Seco renunciou ao mandato, invocando “motivos pessoais”. Entretanto também o comando, liderado por Nuno Costa, informou que cessará funções a 17 de Maio, não renovando a comissão de serviço de cinco anos, que termina nessa data. Os anúncios foram efectuados na última Assembleia Geral da colectividade pelo presidente da mesa, sublinhando que no caso da renúncia de António Seco, o pedido do presidente de direcção chegou uns dias antes da referida Assembleia mas não foi aceite de imediato, uma vez que seria necessário aprovar o relatório e contas do ano transacto antes que essa situação se concretizasse. “O presidente da direcção contactou-me e explicou-me os motivos da sua renúncia, que são ponderosos, pessoais e de foro íntimo”, revelou Pedro Pereira Alves, acrescentando que “na altura não a aceitei porque era importante para a Associação que as contas e relatório fossem aprovados”. Naturalmente e como recordou o presidente da Assembleia Geral, “um pedido de renúncia dá origem a uma vacatura de lugar”, ainda assim ressalvou, “tenho apenas este pedido escrito de renúncia, a direcção para puder funcionar necessita de quatro elementos e enquanto houver elementos disponíveis para a direcção funcionar a Mesa da Assembleia Geral não convocará eleições”. Enaltecendo a postura de António Seco, e afirmando que “compreende perfeitamente os motivos que o levaram a renunciar o mandato”, o presidente da Assembleia Geral frisou que “é aqui que se demonstra o carácter das pessoas, é com esta atitude que se vê o quanto se ama esta Associação, que não se pode servir por motivos pessoais”. Entretanto, foi também dado a conhecer que o Comando não renovará a sua comissão de serviço que termina a 17 de Maio do corrente ano, apesar das reuniões efectuadas pelos corpos sociais da colectividade no sentido de tentarem inverter a situação. Já em declarações ao RCA António Seco voltou a invocar “motivos pessoais” para a renúncia do seu mandato, disponibilizando-nos porém, documentação, em que é relatado ao pormenor as tentativas efectuadas pela direcção, no sentido de o comando renovar a sua comissão de serviço por mais cinco anos. Assim sendo, dois dias após a tomada de posse da direcção, esta recebe duas cartas, uma do comandante Nuno Costa e outra do 2º comandante, Nuno Teixeira a dar conta da cessação da comissão de serviço, alegando posteriormente, numa reunião que essa decisão já estava tomada desde Maio do ano passado. A 24 de Fevereiro a direcção recebe um abaixo-assinado dos bombeiros no qual manifestavam e pediam que a direcção envidasse todos os esforços no sentido de manter o actual comando em funções. “Nós bombeiros do corpo activo pedíamos á nova direcção que tudo faça para que este comando se mantenha”, pode ler-se na carta que acompanhava o abaixo-assinado e a que o RCA teve acesso. Perante esta situação realizou-se uma reunião entre os presidentes dos três órgãos sociais e o Comando no sentido de “os sensibilizar da importância de reverterem a sua posição e aceitarem uma nova comissão de serviço, mas a resposta dos dois foi, não”. Posto isto, a direcção tentou encontrar um novo comandante, tendo formulados cinco convites, dos quais dois foram aceites. Todavia, alguns dias depois, chega á direcção uma proposta do Comando em que o 1º e 2º comandante se disponibilizam para desempenhar funções de comando até 18 de Novembro deste ano. A proposta foi analisada em reunião de direcção e aceite. “O comando cessará funções no dia 18 de Maio de 2017”, pode ler-se na proposta, que informa porém que “integrará a categoria de oficial bombeiro de 1ª, após a cessação de funções, comprometendo-se a desenvolver o planeamento, organização e operacionalidade da corporação até 18 de Novembro deste ano”. Na proposta reforçam ainda que “neste período, a direcção deverá continuar a diligenciar na procura de um comandante, comandante esse que apenas poderá ser nomeado após o dia 18 de Novembro”.