Vereadores socialistas preocupados com edifícios em ruínas no concelho de Arganil

IMG_8713Os vereadores socialistas estão preocupados com a possibilidade de alguns prédios, afectados pelos incêndios, no passado mês de Outubro, possam ruir. “Passou um mês e meio dos incêndios e há prédios que estão em eminente risco de queda/ruína”, alertou Fernando Vale, na reunião de Câmara, mesmo sabendo que a autarquia “tem um processo a decorrer” mas, apontou, “há situações cuja intervenção é urgente”. O socialista deu como exemplo um edifício localizado em Anseriz, no largo, perto da Igreja, que considerou de “maior risco”, e, “onde passa imensa gente”, acrescentando que “há casas que confinam com a via pública e podem ruir a qualquer momento”. Nesse sentido solicitou á autarquia que “intervenha”, uma vez que, “já houve municípios que iniciaram esses processos de demolição”, e além do mais, sustentou, “não há burocracia que se sobreponha à segurança das pessoas”. Concordando com “a urgência destas intervenções”, Luís Paulo Costa, frisou contudo que “este processo implica uma carga burocrática para além do que seria desejável para situações como esta”. Adiantado, no entanto que “estão em vias de serem celebrados os contratos dos três primeiros procedimentos de contratação”, o presidente da Câmara Municipal de Arganil revelou que, “ainda esta semana, possam existir intervenções no terreno”, dando a conhecer que, segundo o último levantamento efectuado, “são mais de 70 os imóveis” nesta situação. Porém, sublinhou, “há intervenções que são mais críticas”, esclarecendo que “temos duas para fazer logo à entrada de Vila Cova em que nem sequer passam por demolição, e em que é preciso perceber que a maior parte do edificado não está desligado de outros imóveis”. Nesse caso, prosseguiu, “o que os técnicos concluíram é que não seria viável fazer uma pura intervenção de mera demolição porque isso ia causar um número imprevisível de problemas à posteriori, nomeadamente aos edifícios contíguos”. “Para além da questão da contratação, há necessidade de fazer um projecto, ainda que seja simplificado, que considere a contenção do edificado”, acrescentou ainda, assegurando que “esta demora não acontece por vontade nossa e há questões formais que não podem ser ultrapassadas”. O autarca regozijou-se com as acções de reflorestação que têm sido efectuadas no concelho, dando ainda a conhecer que “na sequência dos incêndios, têm acontecido um conjunto de reuniões na autarquia relacionadas com os apoios pós incêndios”. Entretanto, informou, “em parceria com o ICNF e com a Associação de Produtores Florestais, vamos levar a efeito o projecto de estabilização pós incêndio, que terá lugar na bacia do Caratão, onde vamos testar algumas metodologias que o ICNF tem estado a aplicar nalgumas zonas aqui da região”, adiantando que “estamos a acompanhar com interesse a iniciativa do Governo de proceder à instalação dos parques de madeiras para trituração”. Ainda assim Fernando Vale referiu que no contacto que tem tido com alguns munícipes, tem notado “uma incerteza relativamente aos apoios e ao acompanhamento de processos, que são complexos, de reconstrução e pagamento de indemnizações”. O socialista é de opinião que a Câmara Municipal devia ter “um gabinete de crise para acompanhamento destas matérias”, questionando ainda o executivo se “relativamente à estabilização de emergência pós incêndio, vai avançar com um pedido de apoio”. Luís Paulo Costa assegurou que “temos vários gabinetes de crise a funcionar para apoiar quem teve prejuízos agrícolas e habitacionais”, assim como “a dar colaboração às empresas afectadas”. “Aquilo que aguardamos é que o processo ao nível dos pedidos de pagamento e das respectivas comparticipações seja agilizado”, referiu, revelando que “estamos a trabalhar na candidatura para a estabilização pós incêndio, que poderá ter uma dotação de cerca de 1 milhão e 400 mil euros para serem aplicados no concelho”.

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