Subordinado ao tema, “Parentalidade Positiva (co) Construir caminhos com as famílias”, o 2.º Encontro Inter CPCJ, reuniu quarta-feira, no auditório da Biblioteca Municipal Miguel Torga em Arganil, responsáveis das Comissões de Protecção de Crianças e Jovens, de Arganil, Tábua e Oliveira do Hospital. No período da manha foram abordados dois painéis, nomeadamente, “Clientes involuntários” por Luciana Soutero, professora auxiliar na FPCE da Universidade de Coimbra e “prevalência familiar”, por Tânia Martins, técnica de serviço social e coordenadora técnica da Associação Passo a Passo, seguidos de um debate moderado por José Francisco Rolo, presidente da CPCJ de Oliveira do Hospital, enquanto que no período da tarde teve lugar uma “partilha de boas práticas”, seguida de um debate moderado por Ana Paula Neves, presidente da CPCJ de Tábua e sessão de encerramento. Antes, porém, na sessão de abertura, Graça Lopes começou por frisar que têm promovido iniciativas como estas no sentido de dar resposta á questão muitas vezes colocada por Armando Leandro, “os direitos das nossas crianças. Como garantimos que se concretizem?”. A presidente da CPCJ de Arganil, explicou ainda que o tema deste encontro se deve “ao trabalho de prevenção que tem vindo a ser feito pelas entidades com responsabilidades em matéria de infância e juventude no concelho, das quais destacamos o trabalho que tem vindo a ser feito pelo Centro de Apoio Familiar e Aconselhamento Parental na Beira Serra e Associação Passo a Passo ao longo destes oito anos”. A dirigente mostrou-se ainda convicta de que, “temos reunido durante o dia de hoje, todos os ingredientes para que possamos chegar ao final do dia e dizer que valeu a pena”. Após as intervenções de José Francisco Rolo e Ana Paula Neves, encerrou a sessão de abertura Luís Paulo Costa. O presidente do município de Arganil começou por “agradecer á organização o facto de promover este encontro em Arganil”, recordando que “tive o privilégio e a angustia de ter sido presidente da CPCJ de Arganil durante seis anos”, confessando que “percebo que este trabalho é muito exigente e que nos traz o sentimento/questão que quando alguma coisa corre mal aparece logo como uma bomba nacional mediática”. O edil, sublinhou que de facto, no acompanhamento dos processos, “embora o trabalho seja muito importante, por vezes resolver uma determinada situação também poderá ser uma questão de sorte ou azar”, afirmando tratar-se de um “trabalho sempre no fio da navalha mas absolutamente essencial”. Luís Paulo Costa salientou ainda “a importância de se trabalhar com toda a família e não apenas com as crianças e jovens dessas famílias”, pois sustentou, “os problemas com que nos deparamos só se conseguem ultrapassar se formos bem sucedidos com as famílias e não só com as crianças e jovens”.