Núcleo Museológico Interpretativo do Ciclo do Milho inaugurado em Góis

Moinho fotoA Junta de Freguesia de Góis inaugurou, domingo, o Núcleo Museológico Interpretativo do Ciclo do Milho, iniciativa realizada no âmbito do Dia dos Moinhos Abertos. Trata-se do único moinho com uma roda vertical, existente junto ao rio Ceira, em Pêgo Escuro, em Góis, reabilitado por aquela autarquia local, tendo o seu interior sido transformado num Núcleo Museológico. Coube ao Rancho Folclórico “As Sachadeiras da Várzea”, de Vila Nova do Ceira, fazer a recriação do ciclo do milho, decorrendo em seguida uma visita ao Núcleo no qual estão expostos painéis que descrevem o ciclo do milho, “onde se realça a tipologia do moinho e a confecção da broa”, bem como diversos objectos e ferramentas relacionados com o ciclo do milho, que foram colocados ao longo das paredes e no chão, de acordo com a Junta de Freguesia, para fazer “uma ligação entre a história descrita e o que era a realidade no quotidiano do povo serrano”. Após a intervenção de Paula Gonçalves, secretária da Junta de Freguesia que deu as boas vindas aos presentes, interveio, Graciano Rodrigues. O presidente da Junta de Freguesia de Góis recordou que “num passado não muito longínquo, existiam mais dois moinhos de rodízio neste local, tendo sido construído sobre as suas ruínas um bar de apoio à praia fluvial”, acrescentando que o moinho recuperado “ficou, há cerca de dois anos, com a roda da azenha parcialmente danificada durante uma cheia”, tendo sido, posteriormente, “recuperada pela mão de carpinteiros Goienses”. Por sua vez, explicou o autarca local, o moinho em si “foi sendo recuperado lentamente pelos trabalhadores da Junta de Freguesia”, sublinhando que esta obra foi suportada apenas com o orçamento da Junta tendo sido feitos também, para além da criação do ecomuseu, arranjos no espaço envolvente, que contemplaram “a reparação da cobertura e colocação de forro em madeira e o chão de sobrado em pinho tratado”. Recordando que, até aqui, houve sempre a preocupação de “ir fazendo a conservação do moinho”, Graciano Rodrigues, enfatizou no entanto que “neste último mandato em que presido a Junta, iniciou-se uma recuperação mais aprofundada, envolvendo a sua conservação e tornando-o mais apetecível para visita, criando ali um espaço interpretativo do ciclo do milho, tentando recriar a forma como se cultiva o milho e se produz a farinha, até chegar à confecção da broa”. “Com a visita a este Núcleo Museológico do Ciclo do Milho tem-se a real noção de como o pão chega a mesa, desde o semear do milho, passando pela colheita, moagem e preparação do forno”, assegurou.

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