Com os votos contra do PS, orçamento e GOP´s aprovados por maioria na Assembleia Municipal de Arganil

unnamedA Assembleia Municipal de Arganil aprovou por maioria as Grandes Opções do Plano (GOP’s) e o orçamento municipal para 2017, com 8 votos contra e 2 abstenções e 7 votos contra e 3 abstenções, respectivamente. Os documentos foram apresentados por Ricardo Alves, correspondendo no seu entender “á manutenção das nossas prioridades estratégicas definidas no programa eleitoral que os Arganilenses sufragaram em 2013”, contendo “uma forte matriz social”. Nesse sentido, explicou o presidente da Câmara Municipal de Arganil “mantemos a devolução dos 5% a que a Câmara Municipal tinha direito, a todos os Arganilenses, mantemos o IMI familiar, e damos um forte apoio, no domínio da acção social escolar às nossas crianças e jovens do concelho”. O edil deu também a conhecer que os referidos documentos “têm uma componente muito forte relativamente aos fundos Europeus”, esclarecendo que, nesse âmbito, já apresentaram 19 candidaturas, ressalvando que “há aqui um conjunto de investimentos que só serão concretizados se as candidaturas que fizemos vierem a ser aprovadas”, designadamente o ciclo urbano da água, o fecho de redes de abastecimento de água e saneamento e a ETAR da Zona Industrial da Relvinha. No que concerne ao orçamento municipal para o próximo ano, a receita corrente é de 54,64 e de capital de 45,36, enquanto que a despesa corrente é de 43,49 e de capital 56,51. Em termos de projectos destaque para a requalificação da EB 1 E JI do Sarzedo (798 400 euros), extensão de saúde de São Martinho da Cortiça (175 000 euros), requalificação e ampliação da Zona Industrial da Relvinha (955 000 euros), abastecimento de agua e saneamento, (4 182 986 euros) requalificação do espaço urbano publico da vila de Arganil, (1 350 000 euros), requalificação da rede viária municipal, (2 107 000 euros), Museu Internacional do Rally, (999 850 euros), requalificação da Capela de São Pedro, (150 000 euros), Casa das Colectividades, (320 000 euros), Núcleos Museológicos de Arqueologia e Etnografia, (190 000 euros), Zona de lazer das Fronhas, (150 000 euros), aldeias históricas e aldeias de xisto, (223 698 euros), contratos programa com as freguesias, (500 000 euros), modernização administrativa, (167 540 euros), Ficabeira e Feira do Mont’Alto, (162 000 euros), Feira das Freguesias, (38 000 euros). Sublinhando que o valor total do orçamento municipal previsto para o ano de 2017 ascende a 22 milhões de euros, a bancada socialista votou contra ambos os documentos, apresentando uma delcaraçao de voto. “Em ano de eleições autárquicas, o executivo do PSD faz aumentar o orçamento municipal em 3.312.646,00 €, quando comparado com o orçamento de 2016”, começou por frisar Fernando Valle, acrescentando que, “este incremento artificial no valor do orçamento, que se tem vindo a verificar desde 2014, não é mais do que uma gigantesca falácia, deliberadamente pensada para, reiterada e continuamente, iludir e criar falsas expectativas aos cidadãos do concelho de Arganil”. O deputado socialista, declarou ainda que os “documentos de controlo orçamental revelam a existência de rubricas que mais não são do que uma criativa ficção”. Prosseguindo, na leitura da declaraçao de voto, declarou que “não é o orçamento que o Partido Socialista preconizaria para o concelho de Arganil”, sustentando que  “o Partido Socialista tem defendido insistentemente, quer nas reuniões de Câmara, quer nas reuniões da Assembleia Municipal, propostas para: um maior apoio social às famílias, aos jovens e aos idosos deste concelho; um maior apoio ao desenvolvimento económico; um maior apoio ao incremento turístico, através da qualificação e potenciação dos recursos naturais existentes no concelho; incentivo à fixação de população; apoio ao desenvolvimento rural e incentivo à promoção cultural e regeneração urbanística”. “Nenhuma das propostas apresentadas pelo Partido Socialista tem tido qualquer tipo de acolhimento pelo executivo”, lamentou, sublinhando ainda que “este último mandato autárquico do actual presidente da Câmara é caracterizado pela apresentação de orçamentos de valor e falsidade crescentes”.

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