Intitulado “Tornar o debate sério numa farsa”, recebemos hoje um comunicado da Comissão Politica Concelhia de Arganil do PS que passamos a difundir na íntegra: “No passado dia 22 de Outubro decorreu uma reunião da Assembleia Municipal Extraordinária cujo ponto único da ordem de trabalhos residia na discussão de “Medidas de combate à desertificação e à promoção do desenvolvimento sustentado”.O tema é premente e exigia uma predisposição para o discutir com seriedade, empenho e verdade. O Partido Socialista sempre o fez na abordagem a esta temática que afecta de forma dramática o concelho de Arganil. Esta reunião começou por correr mal desde o início. Em primeiro lugar porque depois de acordado um modelo em reunião de Assembleia no dia 18/06/2016 pelo Presidente da Assembleia Municipal, Dr. Avelino Pedroso, o compromisso foi rompido, tendo decidido unilateralmente convidar representantes dos Grupos Parlamentares da Assembleia da República e a Coordenadora da Unidade de Missão para a Valorização do Interior, sem qualquer tipo de comunicação prévia aos membros deste órgão autárquico. Pelo menos a alguns! Em segundo lugar, porque o modelo de funcionamento desta Assembleia Municipal Extraordinária já estava previamente “cozinhado”, de forma a deixar pouco tempo de intervenção aos membros que se prepararam para discutir o tema com a dignidade e a seriedade que se impunha. Apenas duas horas e meia após o início da reunião foi concedida a palavra aos membros da Assembleia Municipal e com a imposição de um limite de cinco minutos por intervenção. É esta a importância que se dá aos eleitos locais quando se discute o estado do Concelho. No decurso da reunião, o Partido Socialista criticou por diversas vezes a inversão de papéis e de intervenientes, propôs as alterações que o bom senso recomendava, tentando que o equilíbrio imperasse. Todas as propostas apresentadas pelo Partido Socialista foram em vão. Após a sequência de atitudes atentatórias, quer à dignidade dos membros da Assembleia Municipal do Partido Socialista quer à seriedade do debate em torno de tão importante tema, assim como a recusa em emendar a mão por parte do Presidente da Assembleia Municipal de Arganil, não restou outra alternativa ao Partido Socialista senão marcar uma posição de protesto com a decisão de abandono da reunião da Assembleia Municipal. O Partido Socialista sempre encarou esta Assembleia Municipal sob a premissa de que o debate pudesse constituir algo de útil para as entidades ali representadas e se pudessem retirar valiosos contributos para complemento do Programa Nacional para a Coesão Territorial. Os eleitos pelo Partido Socialista na Assembleia Municipal não se prestam ao papel de figurantes de uma encenação política montada pelo Presidente da Câmara e pelo Presidente da Assembleia Municipal de Arganil, nem tão pouco poderiam sujeitar-se à forma facciosa e pouco séria com que (não) se quis debater o tema. De facto, a extrema dificuldade em discutir os inúmeros problemas de Arganil de forma aberta, dialogante e cooperante tem sido uma das marcas mais negativas do actual poder autárquico, com claro prejuízo para o concelho, que a realidade bem demonstra. O Partido Socialista salienta que se regozija com a vinda ao concelho de Arganil de tão ilustres personalidades, mas é obrigado a constatar que, inocentemente, fizeram parte de mais uma lamentável encenação política que visava apenas transmitir mais uma das ilusões em que o PSD é hábil a construir. Mas, como diz o ditado, “tantas vezes vai o cântaro à fonte que um dia lá se quebra”. E o cântaro está-se a quebrar! Os 11 anos de políticas erráticas estão prestes a terminar, tendo o concelho de Arganil uma oportunidade de seguir no rumo certo e iniciar um novo ciclo de esperança e desenvolvimento”.