Ministro da Agricultura visitou a ADIBER

Capoulas Santos na ADIBER DRCom o objetivo de acompanhar o levantamento das necessidades mais prementes dos pequenos agricultores das aldeias mais afetadas pelo incêndio que deflagrou no concelho de Góis, o Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Capoulas Santos, deslocou-se a Góis, na passada sexta-feira à tarde, onde visitou a ADIBER. Depois de ter feito também uma visita ao quartel dos Bombeiros Voluntários de Góis, e após uma reunião com Miguel Ventura, presidente de direção da ADIBER, o governante foi à quinta da ADIBER, na Regateira, onde se encontram os alimentos que estão a ser distribuídos aos animais que ficaram sem palha e sem pasto, na freguesia de Alvares e na União de Freguesias do Cadafaz e Colmeal. Congratulando-se porque “praticamente em 24 horas, conseguimos montar um sistema que permite distribuir, em cada um dos cinco municípios, os alimentos necessários a todos os produtores que foram afetados”, o representante do Governo enalteceu que “uma boa parte destes alimentos são doações dos agricultores portugueses, da Confederação dos Agricultores Portugueses, e de empresas dos alimentos compostos para animais”. “O Estado também contribui, o Ministério da Agricultura concretamente, através da Companhia das Resinas, a maior empresa agrícola do país”, sublinhou Capoulas Santos, reforçando, no entanto, que “dois terços desta ajuda vem da solidariedade dos agricultores”. Dando a conhecer que, no concelho de Góis, estão a ser apoiados entre “70 a 80 produtores”, o Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural assegurou que “haverá condições para, durante um prazo razoável, até que a natureza volte a produzir ervas, garantir a manutenção destes animais, depois de termos feito o que se impunha que era enterrar os muitos animais mortos”. Já Lurdes Castanheira, em declarações aos jornalistas, embora não dispondo ainda de “dados concretos” relativos aos prejuízos causados pelos incêndios no concelho, garantiu que “não há nenhuma habitação que tenha ardido que fosse fixa e permanente”, esclarecendo que “ou eram habitações que estavam devolutas, ou segundas habitações, e, nesse caso, penso que não haverá mais do que duas ou três”. Estando também a ser feito o levantamento dos prejuízos públicos, ao nível da rede viária, redes de água e sinalética, que “está bastante degrada”, a presidente da Câmara de Góis, constatando que “a área que ardeu é considerável”, revelou que outro dos problemas é a “desproteção total da nossa floresta”. Verificando que, na União de Freguesias do Cadafaz e Colmeal, em particular, “a serra constitui-se como um grande perigo para a circulação de veículos”, a autarca adiantou que “um dos investimentos que vamos ter de fazer é a colocação de rails de proteção”. Lembrando ainda que, sendo o mel um dos produtos autóctones da região, há “um número significativo de colmeias e apiários que hão-de estar destruídos”, Lurdes Castanheira revelou, contudo, que a prioridade, neste momento, é “verificar se as populações têm todas as condições reunidas para estar em segurança, com conforto e com qualidade de vida”, nomeadamente luz, água e telecomunicações.

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