Embora já tenha terminado o seu segundo e último ano de mandato em 2016, sendo eleita em março uma nova direção, a atual direção da Rádio Clube de Arganil (RCA) vai modernizar, já em fevereiro, o estúdio 1 (estúdio de emissão) desta estação emissora. “A modernização do estúdio 1 foi adjudicada na última reunião”, anunciou Abel Fernandes, na última Assembleia Geral da cooperativa, adiantando que “em fevereiro, terá início a construção do teto falso e vamos tentar arranjar dinheiro para o restante”. Explicando que esta é “a única obra que nos falta fazer”, o presidente de direção da RCA, aquando a apresentação do plano de atividade para 2017, que foi aprovado por unanimidade, referiu que “o último plano apresentado foi cumprido e apenas esta atividade não foi executada, estando neste momento em preparação de orçamento”. Esclarecendo ainda que “o plano de atividades que a direção apresenta para o próximo mandato é um plano de intenções, pois pode não corresponder, por inteiro, aos objetivos da próxima direção”, o dirigente constatou que “há um longo caminho a percorrer, sobretudo ao nível da programação e dos recursos humanos”, defendendo que é necessário “profissionalizar os nossos serviços, adequá-los à nova realidade e deixá-los menos dependentes do amadorismo e do voluntariado da direção”. Relativamente aos meios técnicos, o principal responsável pela designada “Voz da Beira Serra” deu ainda a conhecer que, este ano, será apenas necessário adquirir novos leitores de cd para o estúdio principal e instalar uma nova antena de feixe na torre da Aveleira, bem como reparar a iluminação da torre. Quanto à programação, pretende-se que “a rádio possa estar mais fora de portas”, revelou, afirmando que uma das apostas da próxima direção deverá passar por “aumentar a presença da rádio nos concelhos da nossa Beira Serra, abrangendo também Tábua e Pampilhosa da Serra”. Destacando ainda, ao nível da programação, “a cobertura das eleições autárquicas”, Abel Fernandes sublinhou que outra das áreas que se deve prestar mais atenção é o marketing, propondo que haja uma “aposta na nossa página do facebook e no nosso site” e que sejam dadas “ofertas aos cooperantes”, através de “um catálogo de vantagens”. É de salientar que, em abril deste ano, a RCA vai comemorar 30 anos de existência, pelo que “organizar a comemoração dos 30 anos” é outro dos propósitos da atual direção. Considerando que estas comemorações são “muito importantes”, o presidente de direção adiantou que “esta direção tem em mente programar, com algum rigor, esta data”, permitindo que “seja tratada atempadamente para quem vier a seguir”, sustentou. “Trinta anos de rádio como progredimos deve ter relevo”, reforçou, garantindo que “as propostas apresentadas são realistas e não implicam grandes investimentos”. Lembrando apenas que “continuamos a viver uma época difícil em que a aposta na publicidade de muitas empresas não é prioritária”, Abel Fernandes alertou que há necessidade de “procurarem-se novas formas de financiamento e de promoção” da rádio, nomeadamente com “a captação de novos sócios, campanhas de pagamento de quotas em atraso e convívios”. Refira-se que o atual dirigente da RCA, que esteve quatro anos na direção e que é locutor há cerca de 30 anos, aproveitou a ocasião para anunciar que não vai recandidatar-se ao cargo nas próximas eleições, assegurando, contudo, que “o facto de não pertencer à direção não quer dizer que não ajude quem vier”. Convicto de que “vai ser possível mobilizar pessoas para se formar uma direção”, Abel Fernandes declarou que “eu não me vou embora” e “o facto de o meu nome não estar nas listas é só para dar a possibilidade de vir mais uma pessoa para a rádio”.