Após ter inaugurado uma represa fluvial em 2015, a Comissão de Melhoramentos de Malhada Chã procedeu á inauguração de um espaço desportivo e de lazer, no sentido de “dar continuidade ao desenvolvimento da aldeia e da região”, que desta forma, “fica com mais uma infraestrutura de apoio aos jovens”. Orçada em “cento e tal mil euros”, de acordo com Paulo Pereira, a obra, que consistiu essencialmente na requalificação da antiga escola primária e na construção de um ringue á frente da escola, foi comparticipada maioritariamente pela Associação de Compartes da qual a colectividade é parceira, tendo ainda contado com os apoios da Câmara Municipal e Arganil e da Junta de Freguesia do Piódão. “Com o passar dos anos a nossa escola deixou de funcionar, por falta de alunos e já estava a degradar-se, como tal entrámos em contacto com a autarquia, detentora do espaço para que a cedesse e quisemos melhorá-la e dar-lhe alguma vida”, explicou ao RCA o presidente da Comissão de Melhoramentos de Malhada Chã, acrescentando que, “reconstruimos toda a escola, mas mantendo a sua traça original”. Entretanto, mal seja possível pretendem construir um parque infantil para os mais pequenos e “dar uso” á antiga escola. “Estamos agora em fase de estudar o melhor aproveitamento para o interior da escola”, adiantou o dirigente, enfatizando que o que se pretende é que “doravante quem visitar aquele espaço veja alguma história da nossa aldeia”. Nesse sentido, vaticinou, “é provável que venhamos a colocar numa das suas paredes os nomes de todas as pessoas que nasceram na Malhada Chã, como forma de os homenagear e para que as pessoas conheçam quem deu vida á aldeia e tornou a sua existência possível”. Refira-se que esta aldeia, situada a poucos mais de 40 Kms de Arganil, tem apenas cerca de 40 habitantes residentes, na sua maioria com mais de setenta anos, contando todavia com cerca de 200 pessoas no mês de Agosto, emigrantes e residentes em Lisboa que regressam no Verão. “O mês de Agosto e as nossas festas de Verão são o ponto de encontro das pessoas oriundas da nossa aldeia”, frisou Paulo Pereira, também ele residente na região de Lisboa, para onde foi com apenas 15 anos de idade, adiantando que “queremos que os nossos filhos gostem de estar na aldeia e queremos fixar lá as pessoas nos meses de Verão”. Como tal, sublinhou, “inaugurámos a represa fluvial para que os jovens pudessem tomar banho e agora quisemos fazer um ringue para que os jovens possam praticar desporto e os mais velhos os jogos tradicionais”. Até porque, frisou, “por enquanto não temos internet na aldeia e até a rede móvel é fraquinha e como tal temos que entreter quem lá está”. “Com a represa e com o ringue os nossos jovens já têm o suficiente para passar ali algum tempo”, acrescentou com satisfação.