O Centro Social Caeiro da Mata pretende alargar o edifício sede situado em Midoes, transformando o actual Centro de Noite numa Estrutura Residencial Para Idosos. A notícia foi avançada ao RCA pela directora da instituição, Beatriz Vitorino, explicando que essa decisão é resultante da procura dessa nova resposta social por parte dos próprios utentes. “Vamos iniciar as obras brevemente, já estamos a seleccionar a empresa de construção, sabemos que as obras irão demorar cerca de 300 dias e contamos inaugurar esta nova resposta social no final do próximo ano”, adiantou Beatriz Vitorino, esclarecendo que o Centro de Noite conta actualmente com doze utentes, prevendo-se que a nova ERPI fique com vinte e cinco, ou seja, “os utentes do Centro de noite vão ter prioridade mas depois teremos ainda capacidade para mais treze utentes”, explicou. “Quando vieram para o nosso Centro, a ideia era só passarem a noite na instituição mas com o passar do tempo foram-se tornando pessoas mais dependentes, com mais debilidades e fez que necessitassem de estar também durante o dia”, sublinha a técnica superior de serviço social, reforçando que “temos muitas pessoas em lista de espera a aguardar e também muitos dos nossos utentes do Centro de Dia e Serviço de Apoio Domiciliário já necessitam desta ERPI”. Outra das necessidades desta instituição, que conta com quatro equipamentos em Midoes, (Centro de Dia, Serviço de Apoio Domiciliário, Creche e Centro de Noite) e dispõe ainda de extensões noutras freguesias do concelho de Tábua, designadamente em Póvoa de Midoes, (Centro de Dia e Serviço de Apoio Domiciliário), Mouronho, (Creche, Centro de Dia e Serviço de Apoio Domiciliário e Centro de Dia) e Carapinha, (Centro de Dia), passa pela implementação de uma unidade de saúde mental que á partida ficará localizada em edifícios já existentes em Vila Nova de Oliveirinha. “Neste momento não temos profissionais nessa área como gostaríamos, embora tenhamos enfermeira e psicóloga mas não é o suficiente de acordo com as necessidades dos nossos utentes”, sublinhou Beatriz Vitorino, vaticinando que “criando as respostas necessárias conseguiremos afectar recursos humanos mais especializados”. “Temos muitos utentes, que não são idosos, que sofrem de patologias de foro mental e que estão integrados nos nossos vários Centros de Dia, que não estão vocacionados para esse tipo de situações”, reforça a dirigente, avançando que a ideia seria “criar duas respostas, uma com alojamento, outra sem alojamento, para integrar esses doentes, de forma a terem recursos humanos mais especializados nessa área”. Para concretizar esse desiderato aguardam apenas que a patologia de saúde mental tenha enquadramento legal, ou seja, frisou Beatriz Vitorino, “estamos dependentes da tutela”.