Carlos Nobre é o novo presidente da direcção da Associação Filarmónica Barrilense. Eleito por unanimidade para um mandato de três anos, o dirigente já integrou os corpos sociais em 2009, regressando agora, após a realização de uma Assembleia Geral em que nenhuma lista se apresentou a sufrágio. Ainda assim o dirigente descarta a possibilidade de ser ter vivido uma “crise directiva”, na colectividade, como na altura se especulou. “Na primeira Assembleia Geral não apareceu nenhuma lista, mas nesse dia se calhar tocou o sinal de alerta na população, uniram-se esforços e quando se marcou nova Assembleia Geral, apareceu logo uma lista”, relatou Carlos Nobre, acrescentando que quando angariava elementos para a constituição da lista, “recebemos alguns nãos mas tivemos muitos sins que não só responderam afirmativamente como tiveram desde logo um discurso motivador para que avançasse”. A completar 124 anos no dia 5 de Novembro, o dirigente, confessa que esta idade, confere “um orgulho extra para quem pertence á Filarmónica”, assim como a sua sede, que “já tem muitos anos, mas que continua a ser um edifício que deve orgulhar qualquer Barrilense”. Por outro lado, dá a conhecer, “a falta de executantes é um factor com o qual nos deparamos”, ressalvando porém que “as vizinhas Filarmónicas também se deparam com o mesmo problema”. Com pouco mais de vinte executantes na Banda, o também taxista, frisa, que de facto, “não é o ideal para o nosso maestro”, contudo, assegura, “é um número suficiente para dignificar a farda que trazem vestida”. Ainda assim, uma das apostas durante este triénio, será na escola de musica, que actualmente conta somente com quatro alunos, enquanto que, “o ideal seriam dez”. “Vamos tentar angariar pessoas nas escolas para a nossa escola de música”, adiantou, pois, sustentou, “só assim poderemos garantir a renovação de executantes ao longo dos anos”. Com despesas anuais na ordem dos 12 mil euros e com um apoio de 2000 euros que o município lhes dá, Carlos Nobre está consciente que a Banda que lidera “terá que trabalhar muito” para conseguir os 10.000 euros que faltam. Ainda assim, conta desde logo com o apoio dos associados, amigos e população em geral que marcam sempre presença em qualquer evento que a Banda promova. “Ainda á bem pouco tempo fizemos um jantar aqui na sede e juntámos cerca de cem pessoas e em muito pouco tempo de divulgação”, revela, com contentamento, dando a conhecer que, “pretendemos fazer um jantar ou um almoço mensalmente para fazer face às nossas despesas”. Outras das receitas provêm do bar, que entretanto voltou a ser instalado no piso do salão onde estava inicialmente e, “no fim-de-semana em que abriu voltou a facturar bem”, frisou. O fardamento foi estreado em finais do ano transacto, mas já os instrumentos “precisam de manutenção”, por isso, logo que possível “teremos que encetar esforços nesse sentido”. Actualmente possuem unicamente um CD e que “já é bastante antigo”, ainda assim, Carlos Nobre confessa que, “neste momento não está no nosso horizonte ter um novo trabalho”, acrescentando porém, que “a seu tempo, se reunirmos condições e se vier a ser benéfico para a colectividade, certamente abraçaremos este projecto com vontade”. Bastante satisfeito com “a agenda com muitas saídas agendadas para este Verão”, Carlos Nobre sublinha que um dos pontos altos deste ano, será mesmo a comemoração dos 124 anos da Banda, e como o feriado 1 de Novembro irá calhar a uma quinta-feira, a direcção prevê festejar o aniversário, por antecipação, no domingo, dia 4 e não no dia 5, “de forma a aproveitarmos este fim-de-semana grande, que assim será de festa em Barril de Alva”. Refira-se que na Assembleia Geral como presidente foi eleito Joel Mascarenhas e no Conselho Fiscal Hugo Ramos.