A propósito do afastamento de Carlos Jesus da bancada do PS da Assembleia Municipal de Gois, recebemos um comunicado da Comissão Política Concelhia de Góis do Partido Socialista, intitulado “A verdade acima de tudo” que passamos a transcreve na integra: “O recente auto-afastamento do Presidente da União de Freguesias do Cadafaz e Colmeal (UFCC) da bancada do PS na Assembleia Municipal de Góis, configura-se em mais um episódio da vida política Goiense que resistimos em adjectivar. Reconhecemos que tal decisão só pecou por tardia, face às atitudes e comportamentos manifestados contra a Presidente da Câmara Municipal. Contudo não se deixa de reconhecer coragem ao ter assumido. Finalmente! Mas deveria tê-lo feito com respeito à verdade e não com ligeiras justificações, para tomar outras opções politico-partidárias, naturalmente respeitáveis, mas que não podem esconder uma traição ao partido e às pessoas que sempre o acolheram e com ele trabalharam na defesa das populações da União de Freguesias de Cadafaz e Colmeal. Também não podemos deixar de assinalar que as suas declarações à Comunicação Social tiveram maior visibilidade que todo o trabalho desenvolvido para as populações, enquanto Presidente da Junta. Contudo, porque estas estão envoltas em inverdades, importa corrigir: 1. Foi decidido pela Comissão Política Concelhia de Góis do PS (CPC) avançar com uma acção popular para contrariar a irracional decisão do anterior Governo de fusão de Freguesias; num ato de manifesto e genuíno apoio às legítimas aspirações do Presidente da J.F. do Colmeal e, sobretudo, das suas populações; 2. Os custos desta acção foram assumidos pelos membros da CPC, que se quotizaram com 20€ cada (cerca de 50% do total dos encargos), sendo o restante assumido pessoal e solidariamente pela Presidente da CPC e por outro Camarada. Por isso devemos perguntar: onde esteve a falta de solidariedade para com o Sr. Carlos de Jesus? 3. Em relação à alegada divida herdada da extinta Freguesia do Cadafaz, a Câmara Municipal de Góis e a sua Presidente são totalmente alheias, porque se tratam de Autarquias autónomas com órgãos distintos e independentes; 4. O Sr. Carlos Jesus, afirmou que não foi ouvido, nem convidado para a apresentação da candidatura de Lurdes Castanheira às Autárquicas de 2017. Contudo, lembra-se que participou na votação que elegeu a nossa camarada como recandidata à autarquia Goiense, tendo inclusive pretendido apresentar uma declaração de voto, numa votação democrática e secreta. 5. Foi nessa reunião, em que o Sr. Carlos de Jesus esteve presente, que ficou combinado e agendado o referido momento de mobilização de simpatizantes e apoiantes do Projecto autárquico do PS e de anúncio dessa recandidatura. É certo ou pelo menos provável, que este evento até poderia ter ficado à margem da referida declaração do Sr. Carlos de Jesus, se também ele não tivesse ficado surpreendido com o elevado número de participantes, mais de 400 pessoas. Por isso culpabilizar terceiros pelos erros de análise política ou tentar encontrar justificações perante camaradas e amigos para tomar outros caminhos políticos que configuram a maior traição que se pode fazer em política, só pode compreender-se quando predominam estranhos valores e comportamentos sociais dispensáveis, que cegam e tolhem a mente. Góis tem sido gerido por pessoas honestas, dedicadas e empreendedoras que tem colocado tanto as suas capacidades e conhecimento ao serviço do concelho, tendo sempre as pessoas em primeiro lugar no seu pensamento e acção. Acreditamos que a população do concelho, bem formada, disso não duvida, porque nem a existência de críticas, por mais ferozes que sejam, o conseguem esconder. Por outro lado também não se vislumbram melhores opções ou propostas que contrariem o caminho de promoção do bem-estar e do desenvolvimento que os actuais responsáveis concelhios têm tomado”.