Socialistas querem que a Câmara Municipal de Arganil tenha duas equipas de sapadores florestais

Para Fernando Vale, “o Serviço Municipal de Protecção Civil, em Arganil não existe”. Nesse sentido, o vereador socialista levou o assunto á reunião de Câmara, com o propósito de tentar inverter essa situação. “Não podemos ter situações em que ligam para a Câmara para falar com esse Serviço e os telefonemas são desviados para os bombeiros”, lamentou o vereador, sublinhando que, “os Bombeiros Voluntários de Arganil não são o Serviço Municipal de Protecção Civil e como tal a autarquia deve ter um serviço que garanta todas as acções necessárias para o normal funcionamento das acções decorrentes da protecção civil ao nível municipal”. Como tal, Fernando Vale, deixou ao executivo camarário de maioria social-democrata, “duas sugestões para robustecer e preparar este município para situações futuras”, sendo uma delas, a constituição de uma equipa de sapadores florestais municipais, que no entender do socialista até poderia ser criada no seio da ADESA”. Até porque, sustentou, “estas equipas, como ficou provado nos incêndios de Outubro, são essenciais para as acções de rescaldo pós-incêndio, para a vigilância”, alem de que, realçou, “são fundamentais para que o município possa executar as acções que estão consignadas no Plano Municipal de Defesa das Florestas Contra Incêndios”, de forma a que, “o nosso território esteja preparado e cada vez mais resiliente para os efeitos dos incêndios”. Aliás, aventa, o vereador, “há a possibilidade de tornar estas equipas modelares, a nível nacional, prepará-las devidamente, pagar-lhes devidamente, no sentido de ter pessoas competentes e motivadas e que possam ter uma acção primordial no nosso concelho”. O vereador deixou a proposta “á consideração do executivo”, recordando que em 2018 o Governo irá formar 100 novas equipas de sapadores florestais e em 2019, outras 100. “Julgo que estamos no momento ideal para que o município prepare esta candidatura e possa formar duas equipas de sapadores florestais para trabalhar no seu território”, declarou Fernando Vale, acrescentando ainda que, a “resiliência dos aglomerados populacionais também é um trabalho que o Serviço Municipal de Protecção Civil tem o dever de executar e estas duas equipas de sapadores florestais poderão ter aqui um papel primordial nesta acção”. “Os nossos aglomerados populacionais não estão preparados para enfrentar os incêndios”, afirmou, declarando por outro lado que, a criação destas equipas “é um investimento que não se traduz num esforço económico para o município e trará muitos benefícios para o concelho”. Luís Paulo Costa, garantiu que o executivo “está atento á abertura de concurso e das anunciadas candidaturas, tal como, estamos muito expectantes com o concurso para a instalação das centrais de biomassa”, acrescentando que, “paralelamente, a todo o sistema formal, aquilo que se conclui destes incêndios é que de facto o voluntariado das aldeias é absolutamente essencial em horas de tragédia”. Já relativamente aos aglomerados populacionais, o presidente da Câmara Municipal de Arganil assegurou terem “uma estratégia muito bem delineada que será implementada nos meses vindouros”.

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