“Vim ver a realidade das terras calcinadas e é arrasador”. Palavras de Pedro Santana Lopes aos jornalistas, aquando da visita que efectuou domingo, á Feira Franca em São Martinho da Cortiça. Sendo de opinião de que “as pessoas das grandes urbes, nomeadamente de Lisboa, deviam vir aqui para terem noção do esforço nacional que é preciso realizar para recuperar estas parcelas tão importantes do território nacional”, o candidato à liderança do PSD, explicou que a sua visita teve também como propósito “ver o dinamismo de uma economia local, da actividade comercial e outras, que procuram mobilizar-se aqui, em dias festivos, em terras que conheço bem”, uma vez que a sua família paterna tem origens no concelho de Arganil, mais propriamente em Sarnadela, freguesia de Pombeiro da Beira. Aliás, Santana Lopes, confessou mesmo que “toca sempre, vir aqui às nossas origens, onde passava férias em pequenino e tomava banho no rio Alva, com os meus pais e irmãos”. Já no que concerne às eleições do próximo dia 13 de Janeiro, o candidato frisou estar “muito animado com os dados que tenho” e que lhe dão “uma vantagem considerável” em relação ao seu opositor, consciente, porém, que “há muito caminho por percorrer mas aquilo que se passa neste momento dá-me alento”. Contente com a “receptividade das pessoas” por onde tem passado, Santana Lopes voltou a frisar os incêndios, afirmando que “esta população está de luto” e nesse sentido, partilhou, “a mensagem principal que eu quero passar aos meus compatriotas é que conheçam bem esta realidade porque vai ser preciso um esforço nacional para acudir a esta situação”. Criticando o facto de o Governo “fazer cativações cegas”, o social-democrata alegou que “quando há necessidades urgentes, têm de saber descativar e é isso que, às vezes, não tem acontecido, com prejuízo, nomeadamente na área da saúde e outras”. “Eu quero mostrar que sei construir porque também sei divergir quando é a altura certa”, declarou, reiterando que se de deslocou a Arganil “para ouvir” os autarcas e a população.