Santa Casa da Misericórdia de Góis celebra 520 anos ao longo deste ano

A Santa Casa da Misericórdia de Góis, iniciou as comemorações dos 520 anos, com a realização de um evento de vertente religiosa. Assim sendo, teve lugar a Eucaristia na Capela da Misericórdia de Góis, tendo sido antecedida por um lanche no Lar de Idosos em Vila Nova do Ceira, que contou com a presença de dirigentes, Irmãos, utentes, colaboradores e convidados. “O ano de 2018 é para a Santa Casa da Misericórdia de Góis um ano de comemoração. Passaram 520 anos desde a constituição da nossa Misericórdia, pretendemos assinalar esta importante data, pelo que esta Santa Casa irá apresentar um programa alusivo a esta efeméride com a presença de Irmãos e utentes das várias respostas sociais das valências desta instituição”, revelou José Serra, adiantando que ao longo deste ano irão decorrer outros eventos similares. Constituída em 1498, mas inactiva durante alguns anos, esta infra-estrutura funciona ininterruptamente há quase três décadas, tendo sido reactivada pela mão de José Cabeças, Girão Vitorino, Fernando Barata, pelo actual provedor, entre outros elementos, tendo actualmente quatro respostas sociais, nomeadamente, lar, (49 utentes), centro de dia, (20), SAD, (30) e ATL, (15), dando emprego a 60 pessoas. “Obrigado pelo trabalho que fazem no dia-a-dia, se não fosse o vosso trabalho e a maneira de estar com os utentes, o nosso lar não seria um lar de referência do nosso concelho e da região onde estamos”, referiu com orgulho José Serra, agradecendo aos colaboradores da Misericórdia de Góis. Relativamente ao futuro, segundo o provedor, “é manter tudo isto”, adiantando que “vamos ter reuniões com uma empresa que poderá estar interessada em projectar o Hospital Monteiro Basto e vamos ver o que podemos fazer com o antigo Hospital Rosa Maria”. “É preciso muito dinheiro, mas até 2020 estaremos em funções e decerto até lá teremos boas novidades para os Goienses”, vaticinou. Já Maria do Céu Alves, afirmou que “as pessoas sentem-se aqui muito bem tratadas, está expressa uma alegria e satisfação no acolhimento que têm nesta instituição e é esse sentido de humanidade e solidariedade que é a principal vertente desta Santa Casa”, frisando que, “Góis só se pode orgulhar desta instituição”. A presidente da Assembleia Municipal de Góis sublinhou ainda que esta Misericórdia “dá um apoio absoluto às famílias e às pessoas, que encontram aqui a sua ocupação e o seu trabalho, contribuindo para o bem-estar de toda a população”. Em representação da União das Misericórdias Portuguesas marcou presença Paulo Gravato. O dirigente começou por destacar que, “são poucas as Misericórdias que têm 520 anos, o distrito de Coimbra só tem três Misericórdias, que têm esta idade”, recordando que, “as instituições perduram no tempo e as Mesas Administrativas vão passando, por isso, tudo aquilo que se possa fazer pela população, onde se encontrem, é sem duvida um grande feito”. Paulo Gravato partilhou ainda que “algumas destas Misericórdias mais antigas têm-se virado para o turismo religioso”, sublinhando que “aquelas que têm Igrejas, devem ser vistas pela população e por aqueles que procuram o país para verem essas Igrejas”. “Há Misericórdias que colaboram com Agências de Viagens e fazem programas de visitas, onde cobram entradas e esse valor é uma mais-valia para a manutenção de todo o património”, frisou ainda, sugerindo que “aqui, no interior, devemos começar a pensar também nesse turismo”.

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