O Município de Penacova promove a segunda edição do, com o intuito de estimular e promover as artes plásticas. O pintor, que se radicou em Penacova, terá parte da sua obra mais consagrada em espaço que o Município está a consensualizar com a família. Vulgarmente conhecido como Martins da Costa, nasceu em Coimbra, mas os seus pais eram penacovenses: José da Costa e Cacilda Martins. O seu avô materno fora industrial de latoaria na vila e o paterno, Abílio Costa, tinha sido proprietário de um veículo que servia de diligência entre a cidade dos estudantes e Penacova. Estudou Pintura na Escola de Belas Artes do Porto (1939-1948), tendo-se diplomado com a classificação de 18 valores. Como obras de Pintura em Penacova, e sobre a vila encontramos no seu espólio: “Penacova – A Ponte” (1945); “O Vale do Mondego“ (1982); “ Outono na Serra – Penacova “ (1984); “Caminhos Paralelos”, no Mirante (1991); “A Persiana – Penacova“ (1991); Nuvens sobre o Vale de Penacova I e II (1945).Com um traço de personalidade independente, genuína e desprendido de lucro, fez inúmeras viagens a Cabo Verde, São Paulo (Brasil), Guiné, França, Espanha, Bélgica, Holanda, Itália e Inglaterra, onde fez estudos e pintou. Foi um mestre conceituado na sua arte, como atesta o facto de ter sido bolseiro do governo italiano e do Instituto de Alta Cultura. Em Penacova, para onde veio em 1973, a sua arte foi, com simplicidade, reconhecida pelos Penacovenses. Aqui foi Professor da Escola Secundária de Penacova, e era popularmente conhecido como “Picasso”. Na verdade, a sua estadia em Penacova foi marcante, não apenas por ter aqui construído a sua casa-atelier sobre o Vale do Mondego, a sua última residência no “meio das oliveiras e dos bandos da passarada”, mas também por ter colaborado com a sociedade civil através da sua arte. Colaborou no restauro da Igreja Matriz, desenhou as bandeiras do Rancho Folclórico de Penacova, da Santa Casa da Misericórdia, dos Bombeiros, da Casa do Povo. Por fim, ainda deixou os seus escritos e os seus testemunhos nos jornais “Nova Esperança” e “Jornal de Penacova”.João Martins da Costa acabaria por falecer em Viseu, a 13 de Abril de 2005. Deixou uma importante obra, que no caso de Penacova, está inegavelmente ligada à forma apaixonada como retratou e pintou as suas paisagens. Os prémios a concurso deverão ser entregues na Biblioteca Municipal de Penacova até dia 07 de Julho de 2017. Para mais informações consulte o Projecto do Regulamento no link: http://www.cm-penacova.pt/pt/pages/editaiscultura