Parque de Recria para coelho bravo nasce em Arganil

O Grupo de Caça e Pesca do Concelho de Arganil pretende criar um parque de recria para o coelho bravo que deverá ser inaugurado em Maio. Em declarações ao RCA noticias Fábio Ferreira adiantou que “já tivemos uma máquina a nivelar o terreno e, esta semana, vamos delimitar a área para abrir as valas e pôr uma rede”, sublinhando que o objectivo passa essencialmente por “fazer o repovoamento, na nossa zona de caça municipal, com a espécie do coelho bravo que está em vias de extinção”.

Entretanto e para além disso, segundo o dirigente, “vamos agora começar a criar sementeiras para a caça menor, fazer pastagens, controlo de predadores e o repovoamento da perdiz vermelha”, referiu, á margem da primeira montaria ao javali organizada este ano pela colectividade. Treze javalis abatidos foi o resultado da referida montaria que decorreu na encosta nascente das Torrozelas, na encosta poente do Salgueiro e na encosta Norte de Monte Redondo, ultrapassando os oito javalis abatidos na montaria organizada em Novembro passado. “Desta vez batemos o record”, revelou ao RCA Fábio Ferreira regozijando-se pelo facto de terem superado o número de javalis abatidos na última montaria. O número de caçadores também sofreu um considerável aumento, tendo quase duplicado uma vez que participaram neste evento 120 pessoas oriundas de vários pontos do país, nomeadamente de Alcobaça, Almeirim, Aveiro, Braga, Esposende, Gaia, Lisboa, Mirandela, Porto, Santarém e Viana do Castelo, entre outros. “Esta montaria foi preparada numa grande área de caça, que demonstrou ser uma excelente zona, já que foram avistados muitos animais e dados 62 tiros”, sublinhou o dirigente, informando ainda que o animal de maior porte abatido foi “uma fêmea, com cerca de 80 quilos”, tendo sido também morto “um macho com 65 ou 70 quilos enquanto que os outros eram todos javalis jovens”. Referindo que os caçadores contaram com o apoio de 13 matilhas, o presidente de direcção do grupo congratulou-se pelo facto de nesta vez, não ter havido incidentes com os cães, aproveitando porem para dar a conhecer uma situação “insólita” que ocorreu nesta montaria. “Já no final da montaria, um senhor da Lousã que abateu um javali pediu ajuda ao caçador da porta ao lado para o ajudar a recolher o animal abatido que tinha caído numa vala e, entretanto, passou um carro externo à organização que carregou e levou o javali que estava na estrada de alcatrão”, contou Fábio Ferreira pesaroso, sublinhando no entanto que ainda conseguiram tirar uma fotografia ao animal. Ainda assim, revela, “isto até foi motivo para algumas gargalhadas”, afiançando que os caçadores “ficaram satisfeitos com esta montaria, já que correu tudo bem, á excepção daquele episódio”. A jornada terminou com um almoço, que decorreu no salão multiusos da cerâmica Arganilense, seguido de um leilão dos javalis abatidos cujas receitas angariadas reverteram a favor do Grupo de Caça e Pesca, uma vez que, sustenta Fábio Ferreira, “uma montaria custa muito dinheiro”, afirmando que esta representou um investimento de cerca de seis mil euros. Note-se que se tratou da realização da segunda montaria desta época cinegética, decorrendo “em Outubro ou Novembro”, a primeira da próxima época. Entretanto, “em Fevereiro, vamos realizar uma ou duas caçadas ao javali, na zona de São Martinho da Cortiça, porque está a ser bastante atacada por este animal”, anunciou ainda o jovem dirigente.

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