Quando terminou o secundário tinha por objectivo seguir música, porém devido a “contingências da vida, tal não sucedeu”, surgindo a possibilidade de frequentar uma formação promovida pela Cooperativa de Vila Nova do Ceira na área da apicultura. Estavam assim dados os primeiros passos para aquela que é actualmente a sua profissão, apicultor. Falamos de Paulo Paiva, um jovem de 28 anos, natural de Vila Nova do Ceira que se dedica actualmente á apicultura e que desta forma conseguiu continuar a residir na terra que o viu nascer. Após a formação, a Cooperativa decidiu contratá-lo para trabalhar na área apícola, num projecto de produção, extracção e comercialização de mel iniciado no ano anterior e na altura, explicou ao RCA o jovem apicultor, “entendi que os produtos endógenos tinham potencial de crescimento, que permitiria sustentar um posto de trabalho com alguma dignidade, o que me levou a equacionar a elaboração de um projecto de jovem agricultor na área da apicultura e decidir de forma definitiva a fixar-me no mundo rural”. Entretanto e no decorrer do seu percurso profissional “fui-me inteirando não só dos conhecimentos teóricos, práticos e das técnicas de maneio apícola assim como da evolução e tendência dos produtos endógenos de qualidade”. Actualmente e visto que adquiriu um terreno, por um preço simbólico á Câmara Municipal de Góis, na Zona Industrial de Vila Nova do Ceira, o futuro passa pelo “aumento do número de colmeias, aquisição de equipamento específico da actividade e construção de um pavilhão”, na referida Zona Industrial. Para o efeito concorreu ao PDR 2020 – medida Jovem Agricultor com um projecto que está em fase de apreciação, pretendendo também recorrer ao crédito bancário. As suas perspectivas passam por “uma atitude de constante aprendizagem e espírito aberto a novas tecnologias e maneio inovadores”, visando, dessa forma “conseguir um mel de excelente qualidade tendendo a conquistar o mercado emergente e assim, consolidar uma marca que dignifique não só o produto e o produtor mas também a região onde é produzido – encostas de urzes em Góis”.