Com o objetivo de angariar mais algumas verbas para o grupo, o Grupo Etnográfico “Danças e Cantares das Rodas”, que surgiu há cerca de um ano, no seio da Santa Casa da Misericórdia de Vila Cova de Alva, vai levar a efeito amanhã, a partir das 20h00, em frente à Casa do Povo de Vila Cova de Alva, uma sardinhada, sendo a noite animada por Fados de Lisboa e Coimbra. Contando que “adquirimos uma aparelhagem sonora com um adiantamento que um amigo nos fez e agora temos de pagar esse empréstimo”, o provedor da Misericórdia de Vila Cova de Alva disse aos jornalistas que as expetativas em termos de adesão a esta iniciativa são “muito boas”, até porque “temos cá muitos visitantes, pessoas de fora, que vão gostar de nos ver e de nos ouvir”, garantiu. Lembrando que o Grupo Etnográfico “Danças e Cantares das Rodas”, que é constituído por 30 elementos, com idades compreendidas entre os 15 e os 92 anos de idade, surgiu com o intuito de “recriar as danças das rodas que se faziam antigamente nas festas, dando-as a conhecer às gerações mais novas”, Nuno Espinal revelou que “quando vinha passar férias, no verão, a Vila Cova de Alva, o que retive foram precisamente as danças das rodas que se faziam, danças essas que se iam perder”. Por essa razão, “convidei este grupo de pessoas para preservá-las”, sublinhou, enaltecendo que a apresentação oficial do grupo foi feita em maio, no âmbito da Festa de Sabores e Lavores que decorreu nesta localidade, onde foram apresentadas doze das suas cantigas. Entretanto, segundo o dirigente da Misericórdia, amanhã, neste evento de angariação de fundos, que serve também para promover o convívio, o grupo vai dar a conhecer mais dez novas danças. Congratulando-se com a primeira atuação que foi um “êxito”, Nuno Espinal confessou que “sentimos uma certa emoção por parte dos mais velhos que assistiram, recordando-lhes o seu passado”, esperando que agora surjam convites para atuar noutros locais. Desvendando que o que pretendem, depois de “amadurecermos o nosso projeto”, é gravar um vídeo “para preservar estas danças das rodas, com representação sonora e visual, para ficar, em definitivo, para as gerações vindouras”, o provedor da Misericórdia de Vila Cova de Alva adiantou ainda que “queremos fazer um trabalho escrito sobre as danças das rodas, de forma a ficarmos com uma realidade que já não existe neste momento e que era imprescindível nas festas que se iam fazendo”.