A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Argus, Arganil, assinou um contrato promessa de compra e venda referente a um imóvel situado praticamente em frente ao actual quartel de bombeiros, com uma área envolvente “bastante considerável”. Esta decisão, “importantíssima, para o pressente mas sobretudo para o futuro da instituição”, foi unânime entre todos os corpos sociais, Assembleia Geral, Direcção e Conselho Fiscal, tendo sido ouvidos igualmente o comando e corpo activo. Pedro Pereira Alves confessou ao RCA que, “o que nos preocupa é ter instalações algo exíguas e sem as condições dignas para os tempos que se avizinham”, referindo-se essencialmente á Equipa de Intervenção Permanente que aquela corporação irá ter em funcionamento já a partir do inicio do próximo mês. Com efeito, segundo o presidente da direcção dos Bombeiros de Arganil, aquela aquisição “irá contribuir para dotar a corporação dos meios necessários para que possam essencialmente desenvolver com eficácia a função de que estão imbuídos, na defesa dos bens, das pessoas e do seu património”. O dirigente explicou que têm um quartel com 60 anos e outro edifício complementar em frente, com cerca de 14 anos, “mas que já começa a não ser suficiente para a nossa corporação”, por isso “colocámos a hipótese de sair do centro da vila e começar a preparar a construção de um quartel novo”. Porém, revelou o dirigente, “o centro da vila está sem vida ou com pouca vida e tirar os bombeiros com mais de vinte funcionários bombeiros, que fazem com que haja ali vida permanente era contribuir para que o centro tivesse ainda menos vida”. Além de que, acrescentou, “um quartel novo poderia vir a custar 1 milhão ou 1 milhão e meio de euros”, esclarecendo que perante esta situação, “decidimos adquirir aquela moradia, um edifício com história mesmo no centro da vila, que diz muito aos Arganilenses e que se encontrava em situação de abandono”. O custo total do edifício e terreno envolvente foi de 230 mil euros, tendo a corporação para já entregue um sinal de 45 mil euros, pretendendo efectuar um empréstimo para uma parte desse valor, até porque, refere, Pedro Pereira Alves, esperançoso, “o município vai ter que nos ajudar”, assim como os Arganilenses, “que sempre nos apoiaram” e agora, aventou, “esperamos que também estejam presentes com a sua generosidade” e para o efeito, anunciou, “iremos lançar uma campanha para que os Arganilenses e sócios nos ajudem”. Até porque, confessou, “resultado de uma gestão rigorosa, tínhamos um pé-de-meia que com esta compra deixou de existir”. Os primeiros passos a dar vão ser “limpar o terreno envolvente, alindar o espaço, pintar grades e paredes e pôr aquilo mais bonito, torná-lo num espaço que não envergonhe ninguém, uma vez que está situado no centro da vila”. Entretanto, anunciou, “iremos fazer um estudo prévio para ver qual a melhor forma de aproveitamento daquele edifício, que tipo de requalificação daremos á casa e que serviços ali irão funcionar e a seu tempo daremos notícias”, garantindo desde logo que não pretendem “deitar a casa abaixo, pois tem uma estrutura de construção muito sólida, mas reconstrui-la, ampliando as nossas instalações”. Para o efeito, assegurou, “iremos fazer os projectos e candidaturas adequadas, de forma a conseguirmos apoios estatais ou comunitários”, que na opinião do também advogado Arganilense, “serão mais fáceis de obter do que se fossem para a construção de um novo quartel”. Entretanto a Associação pretende também adquirir um terreno junto ao edifício que adquiriram que “queremos àquele para ficar com um espaço para garantir o futuro dos bombeiros”.