No seguimento do contacto com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), realizado hoje, 2 de Março, no Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS) da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), e de acordo com a informação meteorológica disponibilizada salienta-se a partir da próxima madrugada (6.ª feira, 3 de Março) e até final do dia de sábado (4 de Março): – Precipitação pontualmente mais intensa (até 10 mm/h) em especial nas regiões Norte e Centro durante a manhã de amanhã (3 de Março), passando a regime de aguaceiros que podem ser de granizo acompanhados de trovoada e que se prolongam para o dia de sábado (4 de Março); – Queda de neve com especial expressão no período da manhã de amanhã (3 de Março), acima dos 800 m no Norte e Centro Norte (pontualmente descendo aos 600 m) cujos acumulados podem ultrapassar os 5 cm em especial nas serras Peneda-Gerês, Marão, Alvão, Barroso, Montemuro e Estrela. Não é de excluir também a possibilidade de queda de neve nas serras do Caramulo e S. Mamede; – Vento moderado a forte, com rajadas até 80 Km/h no litoral; – Agitação marítima até 5 m na costa Ocidental (em especial a Sul do cabo Mondego) até ao início da manhã de sábado (4 de março). Acompanhe as previsões meteorológicas em www.ipma.pt
Face à situação acima descrita, poderão ocorrer os seguintes efeitos: – Piso rodoviário escorregadio e eventual formação de lençóis de água e gelo; – Possibilidade de cheias rápidas em meio urbano, por acumulação de águas pluviais ou insuficiências dos sistemas de drenagem; – Possibilidade de inundação por transbordo de linhas de água nas zonas historicamente mais vulneráveis; Inundações de estruturas urbanas subterrâneas com deficiências de drenagem; – Danos em estruturas montadas ou suspensas; – Dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, nomeadamente as verificadas em períodos de preia-mar, podendo causar inundações nos locais historicamente mais vulneráveis; – Possibilidade de queda de ramos ou árvores em virtude de vento mais forte; – Possíveis acidentes na orla costeira; – Fenómenos geomorfológicos causados por instabilização de vertentes associados à saturação dos solos, pela perda da sua consistência.
A Autoridade Nacional de Protecção Civil recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adopção de comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, se recomenda a observação e divulgação das principais medidas de autoprotecção para estas situações, nomeadamente: – Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objectos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas; – Adoptar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível acumulação de neve e formação de lençóis de água ou acumulação de gelo, nas vias; – Proceder à colocação das correntes de neve nas viaturas, sempre que se circular nas áreas atingidas pela queda de neve; – Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas; – Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas; – Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte; – Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando se possível a circulação e permanência nestes locais; – Não praticar actividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima.