A unidade funcional de Arganil da APPACDM de Coimbra elege como “principal” projecto para o próximo ano, a construção da “Casa dos Afectos”, o futuro lar residencial para os seus utentes, que ficará instalado no edifício da antiga residência masculina, cedida á associação pela autarquia de Arganil. Porém, para que esse desiderato se concretize, são necessários cerca de 600 mil euros, por isso foi lançada á cerca de um ano e meio uma campanha de angariação de fundos que já começa a apresentar alguns resultados. Assim sendo, para além do crowdfunding apresentado na ocasião, as instituições, colectividades e comunidade em geral têm-se desdobrado em iniciativas para ajudar a angariar verbas para que a obra de requalificação daquele espaço possa arrancar, tendo conseguido até ao momento 70 mil euros. “Trata-se de uma verba muito considerável para uma comunidade pequena, mas muito activa, e graças a isso já conseguimos ultrapassar a fasquia dos dez por cento que necessitamos para a obra”, revelou Olga Coelho á margem do almoço de Natal da instituição que juntou perto de duzentas pessoas. Assim sendo, a coordenadora geral da APPACDM em Arganil confessa que, “temos grandes esperanças que consigamos alcançar o nosso sonho”, aliás, acrescentou, “esperanças essas que também nos foram dadas pela secretária de Estado, Ana Sofia Antunes, pois pode abrir uma linha governamental de apoio e dessa forma já poderíamos conseguir a maior parte da verba para podermos avançar com a obra”. A também psicóloga da APPACDM em Arganil explica que, “infelizmente não podemos fazer a obra por parcelas, só podemos avançar quando tivermos mais de metade do valor total da obra”, por isso, confessa, “é muito importante continuar a ter todos estes apoios por parte da comunidade”. A apoiar esta causa estão também os municípios de Arganil e de Tábua que já fizeram saber que “pretendem falar com o Governo, para ver se nos ajudam”, o que dá algum alento a Olga Coelho. “Pode ser que com toda esta sinergia de esforços consigamos esse valor mais rapidamente”, vaticina, dando a conhecer que a instituição também dá apoio a cinco famílias do concelho vizinho de Tábua, e ressalvou a dirigente, “não apoiamos mais neste concelho e noutros, porque os casos que nos chegam necessitariam de um lar, resposta que ainda não temos”. Com efeito, a ausência de um lar “é uma das principais preocupações” das famílias dos utentes, uma vez que, sustenta Olga Coelho, “muitas das famílias dos nossos utentes são pessoas idosas ou doentes e o facto de os seus filhos um dia não terem para onde ir, é algo que os preocupa muito”.